terça-feira, 29 de junho de 2010

Precisamos saber: o que, onde e perto de quem falar

Casos do dia à dia...
Vou publicar uma crônica minha, feita para um trabalho acadêmico, obtive nota máxima com ela, mais fui muito questionada se a história era veridica. Então vai a resposta, sim, em partes. Seria uma história completamente verdadeira, se no final eu não tivesse escrito propositalmente que a Jéssica seria uma das minhas melhores amigas. Nem a conheço, mais em crônica vale quase tudo, inclusive juntar o imaginário com o real, a fim de causar um final impactante.
Há fala sério, quem nunca escutou uma conversa dessas ou piores dentro de um coletivo?

Crônica

Conversa fiada

Levantar cedo não é brincadeira, é uma jornada. De ônibus então! Nem se fala. Se você faz isso todos os dias, na trajetória de casa até o trabalho é um vitorioso por suportar mais um dia. Não é possível esquecer: minutos de espera no ponto até que o ônibus chegue sua super lotação, pessoas sem educação, sem falar nos sessenta minutos em pé, que pelo motorista ser muito lento é o trânsito congestionado a viajem demora o dobro do tempo pra chegar ao destino final.

Não é muito animador quando estamos dentro de um ônibus, com os braços apoiados no ferro de proteção. É um que empurra daqui, outro dali, até conseguir nos firmar em pé, esperando alguém descer.

As pessoas te olham de uma forma como se fossem te matar. Isso se você fizer qualquer movimento em direção ao assento. Neste caso é melhor nem arriscar.

No banco da frente, havia um rapaz que parecia não ligar. É me perguntou se eu queria me sentar. Meio sem graça, achei melhor recusar.

Então esse mesmo rapaz, conversando com um outro que estava ao seu lado, disse: “Se lembra da minha prima, aquela que namorou com o seu irmão. Então o esposo dela, ficou com a Jéssica, que era sua melhor amiga. Nossa ela levou um gaio feio viu”.

E com este assunto, tiveram conversa pra toda a viajem.

Apesar de toda aquela falação, que vinha por toda a parte do ônibus, no fundo, era uma

conversa que dava até vontade de rir. Acho engraçado: a forma como as pessoas falam, como elas se expressam, sua espontaneidade de falar da vida alheia em local publico e nem imaginam sobre o que estão falando, onde estão falando e quem possa estar ouvindo.

Como neste caso. A prima se chama Cristiane, seu marido Léo é a Jéssica é uma das minhas melhores amigas.


Mônica M Santos
29/06/2010 às 21:04